sexta-feira, 5 de março de 2010

SACRIFÍCIO

Estes dias tenho pensado sobre sacrifício, ao estudar o Velho Testamento, sobre Abraão oferecendo seu filho Isaque em sacrifício ao Senhor.

Primeiramente vamos lembra de que quando morava em Ur com seus pais, que eram idolatras, ele quase foi sacrificado aos ídolos, “E aconteceu que os sacerdotes usaram de violência contra mim a fim de matar-me também... E quando levantavam as mãos sobre mim a fim de sacrificar-me e tirar-me a vida, eis que elevei minha voz ao Senhor meu Deus; e o Senhor escutou e ouviu e encheu-me com a visão do Todo-Poderoso; e o anjo de sua presença pôs-se a meu lado e imediatamente soltou minhas ligaduras; E sua voz disse-me: Abraão, Abraão, eis que meu nome é Jeová e te ouvi e desci para livrar-te e para levar-te da casa de teu pai e de toda a tua parentela para uma terra estranha que não conheces” (Abraão 1: 12-16).

Depois de muitos anos, já em idade avançada, sem filhos do convênio, o Senhor promete que nascerá Isaque, o filho do convênio. Deve ter sido uma grande alegria e festa o nascimento de Isaque. Mas num certo dia o Senhor pede que Abraão sacrifique Isaque, seu filho amado e do convênio. Lembre de que ele quase foi sacrificado aos ídolos e agora o Senhor pede que ele faça um sacrifício humano. Acho que deve ter passado muitas idéias na cabeça de Abraão, talvez o de não fazer ou de protelar, por ser errado, assim como Néfi ao ser compelido a matar Labão.

Mas a fé de Abraão era tal que ele levantou cedo no dia seguinte e foi. Admiro a fé que ele tinha de que tudo o que Deus requer é justo. E ele foi com Isaque até um monte para fazer o sacrifício pedido. (veja Genesis 22)

Talvez não entendamos realmente o que o Senhor queria com isso, mas Jacó nos dá uma idéia ao dizer: “Eis que eles acreditavam em Cristo e adoravam o Pai em seu nome... e isso nos é atribuído como retidão, assim como a Abraão no deserto, a obediência às ordens de Deus de oferecer seu filho Isaque, o que é à semelhança de Deus e seu Filho Unigênito” (Jacó 4:5).

Imagino que o pai Celestial queria mostrar a Abraão como seria duro para Ele ter que dar seu filho em sacrifício. Acho que Ele queria que Abraão sentisse o que Ele sentiria e poder saber por experiência própria como seria difícil, mesmo para Deus.

È claro que Abraão foi impedido pelo anjo do Senhor, mas em seu coração ele iria fazer, pois ele já tinha levantado a faca e iria fazer o que lhe tinha sido pedido. Que grande homem de Deus. Mas o sacrifício tinha que ser feito, pois tinha a lenha e o altar preparado. Sabemos então que o Senhor proveu um cordeiro para o Sacrifício.

O Élder Dallin H. Oaks declarou: “Essa história (...) mostra a bondade de Deus ao proteger Isaque e prover um substituto para que ele não precisasse morrer.

Devido a nossos pecados e a mortalidade, assim como Isaque, nós estamos condenados à morte. Quando não há mais esperança, nosso Pai nos céus provê o Cordeiro de Deus e somos salvos por Seu sacrifício”. [Conference Report (Relatório da Conferência), outubro de 1992, p. 51; ou Ensign, novembro de 1992, p. 37.]

Se Isaque nos representa, Cristo é o Cordeiro que tinha que ser sacrificado, para que nós não fossemos o sacrifício. Sacrifício este que seria estar nas mãos de Satanás para sempre. Mas o Cordeiro de Deus veio em substituição a nós e o Sacrifício foi feito.

Que comparação maravilhosa que o Senhor mostrou a Abraão, para que soubéssemos como seria o sacrifício de Seu Filho amado.

Agora a pergunta que temos que fazer a nós mesmos: Quanto ou o que estamos dispostos a sacrificar ao Senhor?

Na mesma história de Abraão temos o relato de que 3 virgens foram sacrificadas no altar que Abraão também seria sacrificado, “Essas virgens foram oferecidas em sacrifício por causa de sua virtude; recusaram-se a curvar-se para adorar deuses de madeira ou de pedra; foram, portanto, mortas sobre esse altar segundo o costume dos egípcios” (Abraão 1:11). Veja que foram sacrificadas “por causa de sua virtude”. Será que estamos dispostos a preservar nossa virtude acima de qualquer coisa, será que estamos dispostos a mesmo em nosso coração, “oferecer nossos Isaques” ao Senhor, se caso ele pedir. Temos que estar dispostos a qualquer sacrifício que o Senhor nos pedir, mesmo em nossos corações.

Mas lembre-se de que “na perspectiva eterna, as bênçãos obtidas por meio do sacrifício são maiores do que aquilo a que se renuncia” (GEE pg. 183).

Que possamos meditar sobre isso e aplicar em nossas vidas estes princípios eternos.

Sei que eles são verdadeiros e que a bênção pelos sacrifícios feitos é muito, mais muito maior do que o Sacrifício feito.

Boa semana a todos.

Getulio Walter Jagher e Silva

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